O Imbuaça surgiu a partir de uma
série de oficinas realizadas em Aracaju com o patrocínio do SNT – Serviço Nacional de Teatro e Secretaria
de Estado da Educação. Três professores vieram de Recife - PE para ministrar as
aulas de teatro.
Grupo Imbuaça- Teatro
Chamado Cordel
Fonte: http://www.imbuaca.com.br
[...] Gilson
Oliveira, José Francisco e Lúcio Lombarde desembarcaram em Aracaju, com o
patrocínio do Serviço Nacional de Teatro e da Secretaria de Estado da Educação
(período que ainda não havia Ministério da Cultura no país, bem como
instituições culturais nas esferas estadual e municipal, mas se produzia
muito). Após a conclusão das oficinas, trinta e seis jovens resolveram criar um
grupo de teatro e o primeiro passo foi estudar a conjuntura política. Essa ação
está relacionada ao Movimento Estudantil, já que alguns atores estudavam na
Universidade Federal de Sergipe e participavam do ME. O segundo passo foi conhecer
as manifestações populares e alguns dramaturgos nordestinos. O primeiro texto
estudado foi “João Farrapo”, do potiguar Meira Pires, e o objetivo era a sua
montagem. Nesse período acontecia o VI Festival de Arte de São Cristóvão, que
tinha na sua programação a presença do Teatro Livre da Bahia, com o espetáculo
de teatro de rua “Felismina engole brasa”. O impacto foi tão grande que todos
decidiram seguir o mesmo caminho. (FILHO. 2010. p. 2)
No início o grupo chamava de
“Aspectrus”. Dos trinta e seis participantes do grupo apenas permaneceram:
Francisco Carlos, Pierre Feitosa, Maria das Dores, Maurelina
Santos, Antonio Amaral, José Amaral, Cícero
Alberto, Virgínia Lúcia, Gilma de Oliveira e Joseilma de Oliveira. Um ano depois, montaram a primeira peça “O Matuto com
Balaio de Maxixe” e apresentaram na praça D. José Thomaz no bairro Siqueira
Campos, Aracaju – SE. Nesse mesmo ano em homenagem ao embolador Mané Imbuaça, o nome
Aspektrus é suprimido.Conforme autor (ano, p.), “surge o Grupo
Teatral Imbuaça em 28 de agosto de 1978. Nesse mesmo ano participa do FASC –
Festival de Arte de São Cristóvão/SE. Nesse período, Lindolfo Amaral já integra-se
à trupe participando da montagem do espetáculo: “Teatro Chamado Cordel”, até
dois mil e dois o Grupo Imbuaça participou todos os anos.
Na década de 80, o grupo
apresenta várias peças: começou no ano de 1980 participa de grandes eventos
nacionais. Ano depois montam vários trabalhos, só em 1982 que se destaca a peça
“A Gaiola”, o grupo participa de eventos nacionais.
1986/1987 - O Imbuaça
vai ao exterior pela primeira vez - Festival de Teatro e Expressão Ibérica –
Porto/Portugal. Monta “Velha Roupa Colorida”, com o objetivo de levar às ruas
uma discussão sobre a Constituição Brasileira.
1989 – Mariano
Antônio e Valdice Teles fazem a direção de “Nu e Noturno”.
Dramaturgia concebida a partir de textos de poetas sergipanos. (GRUPO IMBUAÇA,
s.d., n.p.)
No ano de 1990, o grupo
participou no Equador do Festival Internacional de Teatro e apresentou-se nas cidades de Portoviejo, Manta, Guyiaquil e Quito.
Em 1991 o grupo invade um prédio abandonado onde havia funcionado a Escola Municipal Abdias Bezerra, localizado no
bairro Santo Antônio que até hoje é sede do grupo através de um contrato de
comodato entre o grupo e a Prefeitura
Municipal de Aracaju.
Em 1992, Clotilde Tavares, a
partir de criações do grupo, faz a dramaturgia e João Marcelino a direção da
peça “A Farsa dos Opostos”.
Em 1993 o grupo apresentou-se em festivais
nacionais e no ano de 1994 foi a Portugal
com o Projeto Cumplicidade onde fez as
cidade de Porto, Bragança, Alijustrel,
Amarante, Valongo, Castro Verde, Mertola e Tondela.
Em 1995, o ator e diretor Mariano Antônio morre de acidente automobilístico. Nesse mesmo ano o grupo monta “Chico Rei”, texto de
Walmir Ayala e direção de João Marcelino e “Mulheres de Eurípedes”,
direção de Lindolfo Amaral e Valdice Teles. No Festival Internacional de Teatro
de Londrina em 1996, o grupo apresentou “A Farsa dos Opostos”. Em 1997 João Marcelino dirige a peça “O Auto da Barca
do Inferno”.
Grupo Imbuaça - “O Auto da Barca do Inferno”.
Fonte: http://www.imbuaca.com.br
O
Imbuaça executou um Oficina de Teatro de Rua e “A Farsa dos Oposto” foi exibida
na Escola Internacional da América Latina, ambos realiados no ano de 1998.
1999 – Primeira
montagem teatral feita no Brasil sobre a vida e obra do artista
sergipano Artur Bispo do Rosário. O espetáculo “Senhor dos Labirintos” encanta
o país. Com dramaturgia do paranaense Mauricio Arruda Mendonça e direção
de João Marcelino. Os críticos cariocas reverenciaram a peça durante a
temporada realizada no mês de junho no Teatro Nelson Rodrigues. O grupo
participa na cidade de São Paulo da montagem de “Além da Linha D’água” com as
participações de Marília Pêra, Quinteto Violado, Grupo de Aboiadores de
Serrita/PE e Grupos do Movimento da Quixabeira/BA – Direção de Ivaldo Bertazzo.
2000 – Começa
um trabalho social através da arte com crianças do bairro Santo
Antônio - teatro, música, dança, e muita brincadeira.
2002 - Participação em
festivais, remontagem do espetáculo “Antônio Meu Santo” com a direção
de Lindolfo Amaral. O grupo celebra os seus 25 anos com a realização
de um Seminário sobre Teatro de Rua no Brasil com as participações de: Amir
Haddad/RJ, IloKrugli/SP, Paulo Flores e Tânia/RS, Nelson Brito/MA, Waneska
Pimentel/AL, Fernando Peixoto/SP, Márcio Meireles/BA, Fernando Augusto/PE,
dentre outros. Nasce o Projeto Mané Preto, patrocinado pelo BNDES, oferecendo
oficinas de teatro, música e dança para crianças e adolescentes do bairro e
arredores.
2003 - Montagem de “A
Dança dos Santos” - texto e direção de Valdice Teles e participação
dos atores convidados Pierre Feitosa e Isaac Galvão.
2004 – Montagem de
“Desvalidos” - dramaturgia concebida por Ivan Cabral inspirada na obra do
escritor sergipano Francisco Dantas com direção do paulista Rodolfo Garcia
Vasquez. Embarca no projeto Caravana FUNARTE de Teatro/NE - Fortaleza,
Guaramiranga/CE; São Luís/MA e Riachão do Dantas/SE.
2005 – Falece a
atriz Valdice Teles. Implantação do Ponto de Cultura “Nosso Palco é a Rua”
com o patrocínio do Ministério da Cultura - projeto de formação técnica em
teatro para 40 adolescentes. Ingressam oficialmente no grupo Iradilson
Bispo e Manoel Cerqueira.
2006 - Pequenas
participações em eventos e rearrumação da casa. Montagem “Natal na floresta dos
ursinhos”- texto de Lindolfo Amaral e Manoel Cerqueira, direção
de Tetê Nahas, cenário e figurino de Iradilson Bispo, produção
de Isabel Santos. Elenco: alunos do Ponto de Cultura “Nosso Palco é a
Rua” e as participações de Luciano Lima e Rita Maia.
2007 - Montagem do auto
natalino “Tá Caindo Fulô” com alunos dos projetos sociais, texto e direção
de Iradilson Bispo. Montagem do primeiro espetáculo infantil do
grupo, “O Palhaço e a Bailarina”, da obra dos escritores Antônio Carlos Viana e
Sônia Maria Machado.
2008 - Os alunos
continuam em cena com “Comadre Caetana”, dirigido por Lindolfo Amaral, “O
Martelo de Deus”, “A Hora da Estrela” e a remontagem do auto natalino “Tá
Caindo Fulô”, com direção de Iradilson Bispo. Realização da Mostra Brasil
de Teatro de Rua com as participações de grupos sergipanos: Boca de Cena,
StultiferaNavis, Imagem, Mamulengo de Cheiroso, São Gonçalo, Reisado do
Marimbondo e de outros Estados: Alegria, Alegria/RN, Joana Gajuru/AL, Ta na
Rua/RJ, Teatro que Roda/GO, Falos e Stercus/RS. (ibidem, s. d., n. p.)
Grupo Imbuaça-
Senhor do Labirinto
Em 2009, Rivaldino Santos e
Lizete Feitosa fizeram uma participação na remontagem de “Senhor dos
Labirintos”, dirigido por Lindolfo Amaral.
Em 2009 Iradilson Bispo dirige
“O Mundo Tá Virado. Tá que vai ou não vai. Uma banda pendurada a outra em
breve cai”.
Grupo
Imbuaça- A Grande Serpente
Fonte:
http://www.imbuaca.com.br
2010 – Montagem de “A
Grande Serpente” do potiguar Racine Santos com direção de João Marcelino.
2011 – Participação no
projeto do SESC/ Palco Giratório - o grupo faz 71 apresentações em 16 Estados
brasileiros e o Distrito Federal com os espetáculos “Teatro Chamado Cordel”, “A
Grande Serpente” e “O mundo tá virado...”
2012 - Imbuaça 35 anos.
Remontagem, através do Prêmio Artes de Rua- MINC/FUNARTE, de “A Farsa dos
Opostos”. Texto de Clotilde Tavares, direção João Marcelino.
Grupo Imbuaça- A Farsa dos Opostos
Fonte: http://www.imbuaca.com.br
2013 – O grupo viaja
para São Paulo com “A Farsa dos Opostos” e participa do Circuito Cultural Paulista
e Virada Cultural 2013. (ibidem, s. d.,
n. p.) Participa do 9º Festival
Nacional de Teatro Cidade de Vitória e pela primeira vez apresenta-se no
TOBIARTE-SE.
2013- A atriz Izabel Santos, uma das fundadoras do grupo imbuaça, deixa o grupo depois de 33 anos de atividades no grupo.
Grupo Imbuaça- Isabel Santos, Atriz e produtora
Fonte: http://www.imbuaca.com.br
2014- Apresenta o espetáculo a Grande Serpente, circulação nordeste, com a direção teatral de João Marcelino. Percorrendo os Estados do Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas.
Hoje o grupo Imbuaça está
com três espetáculos em seu repertório:
A Grande Serpente, A Farsa dos Opostos e o Mundo Tá Virado. Continua
ministrando aulas de teatro as terças e quintas em sua sede e conta com uma
equipe de 12 pessoas para realização dos
seus espetáculos.
Revisão Geral do Artigo: Isabel Santos Atriz, Produtora e ex-integrante do grupo Imbuaça.
Isabel Santos: Atriz/ Produtora
(55-79) 8817-4251/ 9152-5230
http://www.spescoladeteatro.org.br/enciclopedia/index.php/Isabel_Santos
https://www.facebook.com/AtrizIsabelSantos?ref=hl
http://facebook.com/isabel9santos
http://facebook.com/isabel9santos
O Grupo é um fiel depositário da cultura dramática de Sergipe. Parabens.
ResponderExcluir